Thursday, May 2, 2013

Ilusões


Quem dera esse fosse realmente o fim do dia e o início da noite de nossos últimos sonhos, onde por
fim, a realidade não fosse tão amarga.
E onde todas as coisas que gostaria de poder te dizer não morressem no meio do percurso.Tão amarga...

Mas sei que não se começa um sonho com receios
e dele se constrói uma verdade de anseios.

Bem que eu queria te olhar nos olhos com a inocência de uma criança,
Não ver nada além de um brilho.

Queria poder realmente encarar você sem desejar decifrar cada pulsar de seu coração,
poder encarar você e não sentir o meu peito arder 'num' fogo voraz,

Alegria por sentir um sentimento tão grande e tristeza por não poder demonstrá-lo.
Queria poder te abraçar apertado sem medo dos fardos acumulados e nem dos lábios silenciados.
Pode abraçar-te apertado sem despertar a líbido e o desejo de ocupar o mesmo espaço que você,
abraçar-te apertado e não decifrar você.

Sei que não há como transformar a dor de fantasiosas ilusões no milagre do amor,
mas como não ser patética.
E de que modo completar esse vazio e preencher essa esperança que desequilibra o embalo.

De fato eu ainda não sei.
Será que existe um jeito de guardar esse sentimento que eu não escolhi sentir.
E não mais ser corpo dessa tristeza que tanto mascaro.

Acho que só me resta o gosto das respostas que nunca se encontram.
O sabor das palavras que não são ditas.
O amor de um alguém que não existe.



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